Mudança abrupta

Ok, esse foi um começo de ano estranho.

Aqui, dava pra saber como foi o meu finalzinho de 2008 e a virada pra 2009. Meus planos eram bons - sólidos, eu diria - e nos trilhos. No trabalho, eu tinha acabado de ganhar uma promoção e um aumento, e isso me dava respaldo pros tais planos. Afinal, pelo menos financeiramente eu não precisava me preocupar. Tudo andava de vento em popa.

Eis que, na segunda-feira, minha empresa fechou e todos foram demitidos. Go figure.

Ok, na verdade, ela não fechou. Só... encolheu terrivelmente. Ficarão apenas os donos, que vão replanejar a empresa inteira pra ver se ela continua viável financeiramente. Essa era uma editora independente. E assim como nos filmes independentes, não há um grande estúdio por trás deles. No caso da editora, realmente não havia mesmo um grande financiador ou grupo por detrás dela. A receita toda vinha de anúncios institucionais - daqueles tipo "vem pra Caixa você também". (Post não pago. Obviamente!)

Só que com essa crise brava, com a Vale mandando 1,3 mil funcionários embora, ninguém quer dizer pra você ir pra Caixa também. Querem é que você vá pra Cuba. Então, no anúncios, no diñero. No diñero, no editora.

Me colocando no lugar dos meus chefes (que são os donos da bagaça) até que me simpatizei. Se eu vejo que as coisas não vão pra frente, melhor fechar tudo sem dever nada a ninguém, mesmo que seja contra o plano inicial. Afinal, eu tinha sido promovido há menos de um mês, então acho que ou os planos deles mudaram, ou era pegadinha do malandro - já que eles pagaram recisão e escambau. Ráááaá! E assim meus planos também mudaram, como disse no começo do post.

Enfim, agora é recolher os pedaços e planejar. Fazem três anos que eu não tenho férias, e por isso vou ficar em casa um tempinho. Tentar receber tudo certinho como planejado.
Arrumar o armário.
Arrumar o carro.
Arrumar o currículo.
Arrumar a vida.