julho 13, 2006

Copa do Mundo 2006

Eu demorei a postar de propósito dessa vez. Queria que a copa acabasse pra escrever sobre ela. E eu acho que essa última copa do mundo é sintetizada por essa imagem da fratura (gravíssima!) do jogador da França, Djbril Cissé.

Foi uma copa em que tudo começou estranho... Iniciando-se com o próprio Cissé se machucando sozinho, coitado. Depois vieram os jogos medíocres, capengas. Quase como se a fratura do Cissé tivesse aleijado os grupos e chaves. Certo, algumas exceções se fizeram notar, como o jogo da Argentina e Costa do Marfim, e de Espanha versus Ucrânia.
Nos outros grupos e fases iniciais, a melancolia era visível. Os times mais fortes pareciam se acomodar no gesso do curativo e jogaram bola apenas pra cumprir tabela. Os times mais inferiores taticamente (e com mais certeza ainda, monetariamente) - TODOS os africanos, sem exceção - eram os únicos que pareciam dar o valor justo a uma competição mundial. Portugal mostrava desde já que era um desses poucos times europeus a ter gana pra ganhar. E no final provou que, assim como no 'Rocky, o lutador', a vontade supera a habilidade muitas vezes.

E mesmo já no mata-mata, muito time perdeu pra si mesmo, incluíndo-se aí a pátria amada Brasil. A velha França passou porque jogou um futebolzinho chato e catimbeiro. A jovem Argentina foi mais leal, mas azarada nos pênaltis - mas, felizmente, não consigo ter pena dos hermanos.

No mais, alguns jogos mata-mata se salvaram - A Alemanha merecia uma final com Portugal, esses sim, dignos de copa.

No mais, realmente a copa foi como a fratura de Cissé - à primeira vista, chocante. Depois, angustiante. E no final, apenas deu dó.


E pra quem ficou com peninha do Materazzi ter tomado a cabeçada do Zidane... Merecia mais do que a chifrada, ao meu ver. Tinha que levar uma tesoura voadora no pescoço.
Confira aqui...

Um comentário:

Anônimo disse...

Concordo com todas as palavras que você escreveu. Eu só deixaria mais claro que a Alemanha também vinha com garra e vontade. E que a França deu uma recuperada no espírito.

De resto, lixo, lixo, lixo. Não vou sentir saudade dessa copa.