Ampliando horizontes
Afinal, voltei.
Fui pra Fortaleza e aproveitei. A cidade é linda, o povo é hospitaleiro, os lugares são legais (e baratos paca comparados a SP), e a praia é limpa! E linda também. E o clima esquenta os ossos e o coração.
Com certeza, uma das melhores viagens que eu já fiz.
E uma das coisas que eu notei lá é a simplicidade da vida. Dessas que eu não via faz tempo. Por exemplo, comprei um estilingue (ou atiradeira, dependendo de onde você é) numa barraquinha, só por saudosísmo. Poxa, quanto tempo que não vejo um moleque atirando com um desses! Meu avó Bastião me fazia desses, e eu adorava!
E pipa então? Nem me lembro direito do barulho de uma contra o vento. O videogame apagou o som.
E esconde-esconde? Eu me escondia pela rua toda, mas agora parece que 12 anos já é idade pra ficar no msn o dia todo, ao invés de brincar lá fora.
E o pega-pega? Nunca mais vi brincarem disso. Parece que correr pra se pegar bagunça o topetinho com gel e não ajuda a "azarar" as meninas.
Sei lá, parece que criança não é mais criança. Acho que eu fui da última geração de crianças que brincavam mesmo, ao invés de jogar. Porque tem diferença em JOGAR e BRINCAR. Quando se joga, se joga pra um ganhar e um perder. É uma disputa. Quando se brinca, não. Quem perde ao jogar melê? Ao andar de carrinho de rolemã? Aliás, quem ainda sabe FAZER um carrinho de rolemã?
Acho que essa foi uma das coisas que eu mais gostei de lá de Fortaleza. Que a praia diminuiu o senso urbano, e junto com ele, essa estagnação da infância. Lá ainda se pode ver pipas no céu. Lá, ainda vendem estilingues na feirinha. O concreto não isolou as crianças da vida.
E essa na verdade é a essência do viajar. Principalmente se você viaja sozinho - coisa que eu recomendo fazer ao menos uma vez na vida - e consegue tirar um tempo pra observar alguma coisa, sem influência. É a essência de perceber como o mundo é diferente, ainda que em distâncias pequenas, e dentro do mesmo país. Pra quem fica na rotina de casa-trabalho, trabalho-casa, tirar um tempo pra simplesmente olhar o que é diferente e comparar as coisas é valiosíssimo. Faz você pesar valores, sabe? E decidir o que você quer pra si.
Viaje e descubra.
E principalmente, nunca deixe de ser criança.
Fui pra Fortaleza e aproveitei. A cidade é linda, o povo é hospitaleiro, os lugares são legais (e baratos paca comparados a SP), e a praia é limpa! E linda também. E o clima esquenta os ossos e o coração.
Com certeza, uma das melhores viagens que eu já fiz.
E uma das coisas que eu notei lá é a simplicidade da vida. Dessas que eu não via faz tempo. Por exemplo, comprei um estilingue (ou atiradeira, dependendo de onde você é) numa barraquinha, só por saudosísmo. Poxa, quanto tempo que não vejo um moleque atirando com um desses! Meu avó Bastião me fazia desses, e eu adorava!
E pipa então? Nem me lembro direito do barulho de uma contra o vento. O videogame apagou o som.
E esconde-esconde? Eu me escondia pela rua toda, mas agora parece que 12 anos já é idade pra ficar no msn o dia todo, ao invés de brincar lá fora.
E o pega-pega? Nunca mais vi brincarem disso. Parece que correr pra se pegar bagunça o topetinho com gel e não ajuda a "azarar" as meninas.
Sei lá, parece que criança não é mais criança. Acho que eu fui da última geração de crianças que brincavam mesmo, ao invés de jogar. Porque tem diferença em JOGAR e BRINCAR. Quando se joga, se joga pra um ganhar e um perder. É uma disputa. Quando se brinca, não. Quem perde ao jogar melê? Ao andar de carrinho de rolemã? Aliás, quem ainda sabe FAZER um carrinho de rolemã?
Acho que essa foi uma das coisas que eu mais gostei de lá de Fortaleza. Que a praia diminuiu o senso urbano, e junto com ele, essa estagnação da infância. Lá ainda se pode ver pipas no céu. Lá, ainda vendem estilingues na feirinha. O concreto não isolou as crianças da vida.
E essa na verdade é a essência do viajar. Principalmente se você viaja sozinho - coisa que eu recomendo fazer ao menos uma vez na vida - e consegue tirar um tempo pra observar alguma coisa, sem influência. É a essência de perceber como o mundo é diferente, ainda que em distâncias pequenas, e dentro do mesmo país. Pra quem fica na rotina de casa-trabalho, trabalho-casa, tirar um tempo pra simplesmente olhar o que é diferente e comparar as coisas é valiosíssimo. Faz você pesar valores, sabe? E decidir o que você quer pra si.
Viaje e descubra.
E principalmente, nunca deixe de ser criança.
3 comentários:
o povo hospitaleiro foi a melhor parte.
ah, por conta do conselho do teu post: eu vou viajar sozinha também.
e "tirar um tempo pra observar alguma coisa, sem influência."
grata pela recomendação.
=]
Fortaleza é meu próximo desejo de viagem no Brasil.
Ah, e parabéns pelo blog, vc escreve muito bem!
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