Esporte solitário
Inevitável não pensar em esporte quando se passa a maior parte do dia sentado em frente ao computador. Trabalhar como jornalista numa editora deveria aparecer sob a descrição do verbete "sedentarismo" no dicionário. Ainda mais pra quem jogava bola desde moleque.
Não que eu tenha sido um jogador estrela do colégio ou faculdade, como os capitães daqueles filmes de adolescentes (ou como diz a minha descrição ao lado!). Jogava no time do colégio, mas tinha uma dúzia de caras melhores do que eu. O mesmo pela faculdade. Sempre me encaixei no meião - nem nos primeiros a serem escolhidos, mas também não nos que ficavam de fora. E sempre compensei isso com vontade e fôlego, as armas contra os gordinhos modernos - o naipe de gente que joga contra mim na pelada semanal.
E agora, já com 26 anos e esse tal futebol semanal a menos, por mais que a barriga insista em não se instalar, o fôlego já fugiu faz tempo. E eu quero voltar a fazer esporte para ao menos me sentir melhor de alguma forma.
Aí começam os novos problemas: odeio academia. Acho chato ficar puxando ferro, em incontáveis repetições. Sem falar que é fácil descambar pro lado de desafio pessoal onde você tenta quebrar cada vez mais novos limites e sem ver se transforma numa massa disforme, num neurótico que não come carne se não for de ovo de soja filtrada três vezes em creatina, com linina extra, e outras inas e frescuras. Ina meu rabo, rapá - me dá esse Doritos aí! (post não pago. Ainda. Aceito pagamento em cervejas. Ou Doritos.)
Então tem que ser algum esporte. Futebol era o preferído, mas me envergonho em dizer que no país do futebol eu não consigo juntar dez caras pra bater uma pelada. É isso mesmo; todo jogo é a mesma coisa: o povo se empolga nas primeiras semanas, depois as dores começam e todos somem como se estivessem em quarentena. Aí o futebol mingua. E não dá pra jogar bola sozinho. Quer dizer, dá, mas se chama Winning Eleven e não queima calorias - nem o do Wii.
O lance então é algum esporte solitário. Se punheta desse capacidade cardíaca, eu tava é feito. E como Deus não foi assim tão sábio (ou talvez tenha sido, sei lá), o negócio é ir fazer algo como natação ou corrida. Mas já que eu posso correr em qualquer lugar, pra quê pagar uma academia? E no entanto, vou correr aonde? Na rua? E a segurança? De que lugar a que lugar? Bah. Aí entro num ciclo vicioso que já me cansa. Natação então, parece bom ao analisar de longe, mas meio merda se você olhar bem. É o mais caro em toda academia, sempre. E teria que usar touca. Poucas coisas são mais ridículas do que alguém de touca, sério. Quem fica sexy de touca? Talvez se eu nadasse com bobs na cabeça, à lá Dona Florinda, eu me sentisse mais a vontade. Mas tirando isso, talvez seja a melhor opção. Aquele tal de Parkour já me passou pela cabeça, mas os caras parecem crianças treinando, pulando em gangorras e tal. Fora que eu corro o risco de alguém me dar uma pedrada ao me ver correndo pelas varandas alheias. Eu até curto o lance todo que envolve a filosofia do movimento, mas um 'parkurero' iniciante ainda me parece demais com alguém tendo aulas de circo. So no.
Algum tipo de arte marcial também me passou à cabeça, mas posso cortar 50% delas só pela agarração. Pretendo ter um revólver ao entrar em alguma briga, e não precisar levar o cara pro chão pra exercitar o "meu Jiu, ae". Se eu não tiver uma arma, ainda prefiro as artes marciais que resolvam tudo numa porrada só, tipo um Kung Fu ou um Maculelê da Morte. (esse nome é demais! Hahahaha!) Mas professores de Kung Fu sempre impõem a filosofia de vida deles aos aprendizes. Aí eu seria um pequeno gafanhoto descrente no taoísmo/budismo/foda-seísmo e tomaria um pau do Sifu por insolência. Ou então enfrentaria a sinuca de bico de não aprender nenhuma técnica ninja matadora, vivendo no eterno ostracísmo do mestre. E pior do que um cara que não sabe nada de defesa pessoal, é aquele que ACHA que sabe. Bill lembra bem do Five-Point-Palm-Exploding-Heart-Technique perdido. Não, artes marciais sucks. Talvez luta livre ou boxe, desde que numa academia suja que nem a do Balboa. E um treinador velhinho gente fina ranzinza como o Mick. Um ginásio de Telecatch também seria uma opção (ainda dou um suplex em alguém), mas acho que a malhação acompanha ambos os casos. Aí leia acima.
Enfim, analisando os casos, começo a chegar na opinião que estou ficando chato, e dificilmente algo me agradaria. Pelo visto, se eu achar algo legal e que não tenha grande esforço e grande impacto e ainda assim faça que as pessoas retomem a boa forma, estou milionário. Algo como inventar a cerveja que queima calorias.
Humm... boa idéia. À prancheta.
Não que eu tenha sido um jogador estrela do colégio ou faculdade, como os capitães daqueles filmes de adolescentes (ou como diz a minha descrição ao lado!). Jogava no time do colégio, mas tinha uma dúzia de caras melhores do que eu. O mesmo pela faculdade. Sempre me encaixei no meião - nem nos primeiros a serem escolhidos, mas também não nos que ficavam de fora. E sempre compensei isso com vontade e fôlego, as armas contra os gordinhos modernos - o naipe de gente que joga contra mim na pelada semanal.
E agora, já com 26 anos e esse tal futebol semanal a menos, por mais que a barriga insista em não se instalar, o fôlego já fugiu faz tempo. E eu quero voltar a fazer esporte para ao menos me sentir melhor de alguma forma.
Aí começam os novos problemas: odeio academia. Acho chato ficar puxando ferro, em incontáveis repetições. Sem falar que é fácil descambar pro lado de desafio pessoal onde você tenta quebrar cada vez mais novos limites e sem ver se transforma numa massa disforme, num neurótico que não come carne se não for de ovo de soja filtrada três vezes em creatina, com linina extra, e outras inas e frescuras. Ina meu rabo, rapá - me dá esse Doritos aí! (post não pago. Ainda. Aceito pagamento em cervejas. Ou Doritos.)
Então tem que ser algum esporte. Futebol era o preferído, mas me envergonho em dizer que no país do futebol eu não consigo juntar dez caras pra bater uma pelada. É isso mesmo; todo jogo é a mesma coisa: o povo se empolga nas primeiras semanas, depois as dores começam e todos somem como se estivessem em quarentena. Aí o futebol mingua. E não dá pra jogar bola sozinho. Quer dizer, dá, mas se chama Winning Eleven e não queima calorias - nem o do Wii.
O lance então é algum esporte solitário. Se punheta desse capacidade cardíaca, eu tava é feito. E como Deus não foi assim tão sábio (ou talvez tenha sido, sei lá), o negócio é ir fazer algo como natação ou corrida. Mas já que eu posso correr em qualquer lugar, pra quê pagar uma academia? E no entanto, vou correr aonde? Na rua? E a segurança? De que lugar a que lugar? Bah. Aí entro num ciclo vicioso que já me cansa. Natação então, parece bom ao analisar de longe, mas meio merda se você olhar bem. É o mais caro em toda academia, sempre. E teria que usar touca. Poucas coisas são mais ridículas do que alguém de touca, sério. Quem fica sexy de touca? Talvez se eu nadasse com bobs na cabeça, à lá Dona Florinda, eu me sentisse mais a vontade. Mas tirando isso, talvez seja a melhor opção. Aquele tal de Parkour já me passou pela cabeça, mas os caras parecem crianças treinando, pulando em gangorras e tal. Fora que eu corro o risco de alguém me dar uma pedrada ao me ver correndo pelas varandas alheias. Eu até curto o lance todo que envolve a filosofia do movimento, mas um 'parkurero' iniciante ainda me parece demais com alguém tendo aulas de circo. So no.
Algum tipo de arte marcial também me passou à cabeça, mas posso cortar 50% delas só pela agarração. Pretendo ter um revólver ao entrar em alguma briga, e não precisar levar o cara pro chão pra exercitar o "meu Jiu, ae". Se eu não tiver uma arma, ainda prefiro as artes marciais que resolvam tudo numa porrada só, tipo um Kung Fu ou um Maculelê da Morte. (esse nome é demais! Hahahaha!) Mas professores de Kung Fu sempre impõem a filosofia de vida deles aos aprendizes. Aí eu seria um pequeno gafanhoto descrente no taoísmo/budismo/foda-seísmo e tomaria um pau do Sifu por insolência. Ou então enfrentaria a sinuca de bico de não aprender nenhuma técnica ninja matadora, vivendo no eterno ostracísmo do mestre. E pior do que um cara que não sabe nada de defesa pessoal, é aquele que ACHA que sabe. Bill lembra bem do Five-Point-Palm-Exploding-Heart-Technique perdido. Não, artes marciais sucks. Talvez luta livre ou boxe, desde que numa academia suja que nem a do Balboa. E um treinador velhinho gente fina ranzinza como o Mick. Um ginásio de Telecatch também seria uma opção (ainda dou um suplex em alguém), mas acho que a malhação acompanha ambos os casos. Aí leia acima.
Enfim, analisando os casos, começo a chegar na opinião que estou ficando chato, e dificilmente algo me agradaria. Pelo visto, se eu achar algo legal e que não tenha grande esforço e grande impacto e ainda assim faça que as pessoas retomem a boa forma, estou milionário. Algo como inventar a cerveja que queima calorias.
Humm... boa idéia. À prancheta.
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